CARLOS PHILINTO PRATES
( Minas Gerais – Brasil )
Nasceu em Montes Claros. Quando menino ainda, fundou e dirigiu dois jornais em Montes Claros: O Petiz e O Bisturi. Por ser um espírito voltado para o bem comum, sempre atuou política e intelectualmente em defesa dos desvalidos, usando, às vezes, seu estro poético satírico.
Desde cedo demonstrou pendores intelectuais e artísticos, tendo, na juventude, vivido como artista plástico no Rio de Janeiro com trabalhos de escultura, pintura a óleo, guache e aquarela.
Ingressou no Serviço Público Federal como Fiscal do Imposto de Consumo, através de Concurso Nacional, em 1º. Lugar. Sus veia satírica na poesia o levou a ser considerado o maior poeta satírico de Minas Gerais. Também projetou-se como sonetista lírico de grande valor, tendo sua obra transposto fronteiras de Minas e até do País.
Livros publicados: Labiata (1947) e Com Amor e Humor (1979).
Deus me perdoe a heresia
e a ofensa deste cotejo...
Mas o teu beijo, Maria,
é a hóstia do meu desejo...
Extraído de https://falandodetrova.com.br
SANTOS, Diva Ruas. Antologia da Poesia Mineira. Belo Horizonte: Ed. Cuatiara, 1992. 192 p. Capa e montagem Maxs Portes. Editora: Diva Ruas Santos - Apresentação: Alberto Barroca.
Ex. bibl. Antonio Miranda
PAI
À noite, da tristíssima janela,
Onde as horas consumo meditando,
Diviso e silhueta da capela,
Para te levei, meu pai, chorando!
Vive em minha lembrança toda aquela
Via sacara de dor me atormentando.
O dobre de finado... o incenso... a vela
E o sacerdote, lúgubre, rezando.
Veja mãezinha em prantos debulhada,
Mãezinha que perdera o maior bem
E era a imagem da dor crucificada.
— Amigo — eu quis seguir-te para o Além.
Amparar-te na última jornada,
Mas não pude, meu pai, sou pai também!
*
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Página publicada em agosto de 2022
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